Regresso a casa

Depois de muito tempo em que o trabalho apertou e que a vontade de escrever não foi muita, deixo-vos mais um post relativo à minha ida de férias a Portugal.

Saí de Dili a 7 de Abril e regressei a 16 de Maio.

Não vai ser um post longo, mas existem coisas que merecem ser ditas.

A primeira é que a viagem é mesmo longa e também cara (à volta de 1800 USD), pelo que decidi parar em dois locais para poder usufruir de um descanso e conhecer melhor os locais e cortar o jet leg. O primeiro foi mais uma vez Bali, desde o Natal que não ia lá e aproveitei esta minha passagem para conhecer coisas que ficaram por ver nessa altura. Digo-vos que ainda não vi tudo, e quanto mais vejo, mais quero ver e encontro outras coisas que merecem ser vistas e saboreadas.

Portanto, passei cinco dias em Bali e depois voei na Air Asia para Jakarta, onde fiquei quatro dias. A viagem Bali-Jakarta-Bali custou 70 USD para uma distância de Lisboa a Ponta Delgada. É uma low cost, e aquilo mais parece um machibombo sem lugares marcados, com refeição paga à parte e cujo voo pode ser cancelado a qualquer hora, ficando os passageiros à espera pelo próximo umas cinco horas depois.

Jakarta. Bem, esta é uma cidade enorme. A maior cidade onde pisei até hoje, disseram-me que tem mais de doze milhões de habitantes.

É uma cidade que aparentemente é bem estruturada com amplas avenidas, mas que nas áreas dos quarteirões, tem casas tipo bairro clandestino onde a desorganização é total. E com uma péssima qualidade de vida. De onde em onde aparecem uns arranha-céus que quebram a continuidade das casinhas baixinhas.

No entanto, e devido ao grande desenvolvimento que também aqui se faz sentir, estão a deitar a baixo esses bairros e fazer nascer lugares de excelência, onde nada falta, e cuja arquitectura é muito ao estilo de Hong Kong.

É uma cidade cujos pontos de interesse, no meu ponto de vista (e tendo em conta que estive somente cinco dias) se limitam a isso, o ser diferente e o sentir da força do progresso a modificar a paisagem.

Depois parti para Lisboa na KLM com escala em Kuala Lumpur na Malásia e em Amsterdão.

Encontrei Lisboa vista do alto e com um céu limpo que me proporcionou uma sessão de fotos fantástica.

Depois de ter passado quase seis meses em Timor-Leste, tudo em Lisboa me parece confuso. O trânsito, as correrias, as pessoas sem tempo para nada e muitas vezes mau humoradas.

Após ter ficado quase quatro semanas onde revi família e amigos, fiz a viagem inversa com uma vontade enorme de regressar “à minha ilha do paraíso”. Timor.