sábado, fevereiro 10, 2007

Natal em Bali, Indonésia

A ida a Bali foi uma decisão tomada à última da hora entre um pequeno grupo de pessoas orientais que conheci aqui. Decisão baseada na pouca animação que existia em Dili, muito devido ao facto de grande parte dos estrangeiros terem também aproveitado a quadra para irem para as suas casas ou passear para outros lugares.

O transporte a tomar é único, os voos regulares da Merpati, uma transportadora aérea indonésia. Escolhemos o dia de Natal por ter a tarifa mais baixa de todo o período natalício, 320 USD. Escolhemos para regressar a Dili, o dia 2 de Janeiro.

Bali apesar de ter um trânsito caótico, é uma cidade bastante organizada e onde não falta nada. Esta ilha situada no extremo leste da ilha de Java, (a mais importante) está virada completamente para o turismo. É um santuário para o divertimento, descanso e compras.

Ficámos num hotel a norte de Kuta Beach (o centro), num local chamado Seminyak (lê-se Seminhaque) que se chama Grand Balisani Suites. Um local calmíssimo junto à praia e aos campos de arroz, fantástico para se levar uma companhia. Tem serviço de massagens, lavandaria e Internet. Tem uma piscina fantástica com um bar ao nível da água, e o restaurante, hall e estrutura principal toda feira em madeira sem paredes exteriores e com telhado numa espécie de colmo. Lindo. Este hotel está rodeado de jardins e lagos onde se pode passear, sobretudo à noite. O custo de uma diária pode variar entre 35 a 150 USD, tudo depende da época, do tipo de suite mas sobretudo da arte de saber negociar. Para dar um exemplo, na net marcava 190 USD a diária e eu paguei 85 USD, para tal tive a ajuda de um contacto especial em Bali que fala português. Quem tiver interessado eu forneço esse contacto.

Um dos aspectos mais engraçados da vida cultural em Bali são os nomes das pessoas. Todos eles não têm nomes de família mas no entanto, a todos os primeiros filhos dão o nome de Putu ou Wauan, aos segundos Made ou Kadek, aos terceiros Nyoman ou Komang aos quartos Ketut, e a partir do quinto repete-se a ordem. Por exemplo, um dos meus guias chamava-se Putu Swastika. O segundo nome é um nome aleatório dentro de um universo.

Dos locais fantásticos de se visitar, são os templos. A sua grande maioria são Hindus, e todos os visitantes para entrarem têm de vestir o Sarong, uma peça de pano em volta da cintura tapando as pernas. Existem uma série de outras regras que não vou explicar aqui. Os templos existem de vários tamanhos, e também são numerosos os altares espalhados pela cidade e pelos campos, onde todos os hindus têm de oferecer uma pequena bandeja feita de folha de bananeira com flores e frutos. Tudo isto dá um colorido enorme ao ambiente sem esquecer dos cheiros adocicados a flores, frutas e incenso a queimar. Para dizer a verdade, andei sempre um

pouco agoniado e com o estômago às voltas.

A passagem do ano foi feita em Kuta Beach com milhares de pessoas nas ruas e na praia, a dançarem ao som de um concerto e disparando milhares de foguetes de fogo de artifício.

Como não visitei a ilha toda, guardei para a próxima a outra parte.



Vou dar vários conselhos para quem quer vir a Bali.

- Só se trocam notas de 100 USD, das mais pequenas nem querem.

- Existe a vantagem em trocar os Dólares na rua, porque o câmbio é mais favorável.

- Existem um montão de ATM’s, por isso os cartões são muito usados.

- Levem muita pouca roupa, pois lá é o paraíso de compras a preços ridículos, no que diz respeito à roupa de marca feita na indonésia. Aproveitem para remodelar o guarda-roupa primavera-verão.

- Se não gostam de picante na comida, então por muito que peçam sem picante a comida pica sempre.

- Regateiem sempre o preço, porque chegam a diminuir até menos de 10% do preço original.

- Não aluguem carro sem motorista, pois vão ficar com os olhos em bico com o tráfego e condução à esquerda.

- Carro com motorista e gasolina são umas 350.000 Rupias (aprox. 35 USD).

- A praia é boa para surfistas, e não para tomar banho devido à grande ondulação. As de Timor batem estas aos pontos.

- Não pisem as oferendas aos deuses que estão espalhadas pelo chão, que são os pequenos tabuleiros com flores e fruta.

- É bom que arragem alguém nativo(a) para servir de guia e para vos ajudar a negociar.

- Experimentem as massagens, nunca mais as vão largar.

- Para a rapaziada masculina, “não levem areia para o deserto”.

2 Comments:

At sexta-feira, 02 março, 2007, Anonymous Anónimo said...

Não percas esses contactos tão importantes. Posso precisar muito deles quando decidir ir viver para aí...
:)

 
At sábado, 03 março, 2007, Blogger Missão a Timor said...

Guardalos-ei.

Quanto ao viver num local destes, pode ser uma opção muito viável. Sobretudo para quem já não espera da vida muitas tropelias.

A paisagem é magnífica, as gentes são amáveis, coordeais e amistosas.
O nível de vida para nós é bastante acessível, pelo que uma pequena reforma permite ter uma vida muito confortável.

 

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